Thursday, March 22, 2007

Testes não conseguem detectar infecção recente por HIV

As pessoas têm mais probabilidade de transmitir o vírus HIV logo após serem infectadas, antes de começarem a mostrar sintomas e até mesmo antes de muitos testes detectarem o vírus, alerta um estudo publicado no “Journal of Infectious Diseases”. O estudo canadiano, liderado por Mark Wainberg, do McGill Aids Center de Montreal, traz novos dados que ajudam a explicar o facto da epidemia de HIV se mover tão rapidamente.
As análises genéticas a pacientes contaminados pelo vírus HIV no Quebec mostraram que quase metade de todas as transmissões ocorreu quando os pacientes estavam nos primeiros estágios da doença. "Os primeiros estágios da infecção podem ser inteiramente assintomáticos", afirmou o especialista, explicando ser por essa razão “que as pessoas infectadas recentemente podem não saber e, provavelmente os testes convencionais mostrarão resultados negativos”. A pesquisa envolveu uma análise filogenética, que permite descobrir a árvore genealógica do vírus. Como o HIV só sofre mutações quando está dentro do organismo, estas servem de parâmetro para avaliar quando ocorreu a infecção.
O estudo mostra que, em 49% das infecções diagnosticadas recentemente, o vírus não tinha sofrido muitas mutações, o que significa que os pacientes foram infectados por pessoas que também tinham sido contaminadas pelo vírus há pouco tempo. "Precisamos fazer um trabalho muito melhor para conseguirmos identificar o vírus em pessoas recém-infectadas. Só assim poderemos evitar um comportamento sexual de risco e impedir a transmissão do vírus", alertou ainda o investigador.

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