Wednesday, December 13, 2006

“Um dos meus filhos tem cancro. Os meus outros filhos também vão ter a mesma doença?”
Encontrada uma resposta que pode aliviar esta inquietação de muitos pais

Uma equipa de investigação constituída por cientistas dinamarqueses, noruegueses, finlandeses e suecos e coordenada por Jeanette Falck Winther publicou recentemente no The Lancet as conclusões de um trabalho que indicam que os irmãos de crianças com cancro sem transmissão genética conhecida não correm riscos adicionais de desenvolverem esta doença. Esta equipa analisou o risco de desenvolvimento de cancro na população em geral e num grupo de irmãos de doentes cancerosos, 42 mil irmãos no total, e concluiu que esse risco é idêntico para as duas amostras do estudo. Segundo afirma J. Winther: ...”nós concluímos que os irmãos de doentes com cancro não têm riscos acrescidos de também desenvolverem esta doença. O risco que correm é idêntico ao da população em geral.” Até agora já se identificaram 450 anomalias mutações relacionadas com vários tipos de cancro e sabe-se que os irmãos de doentes com certos tipos de cancro, como o retinoblastoma (cancro oftálmico), por exemplo, correm maiores riscos virem a ter esses cancros. No entanto, neste estudo foram excluídas as famílias com casos de cancro de transmissão genética conhecida como cancro da mama, leucemia, certos tipos de tumores cerebrais, etc.
O risco genético de desenvolvimento de cancros de incidência aleatória não era conhecido até terem surgido as conclusões deste estudo que sugerem que estas doenças não têm, de facto, transmissão genética. Este dado vai certamente tranquilizar muitas famílias que têm um filho com um tipo de cancro de incidência aleatória e sem transmissão genética e que, com toda a legitimidade, se preocupam com o risco que os seus outros filhos correm em desenvolverem a mesma doença.

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