As diferenças entre homens e mulheres
Cromossoma X comporta-se de modo diferente
Centenas de genes presentes nos cromossomas X das mulheres trabalham muito mais do que os mesmos nos homens. Isto poderá ajudar a explicar as diferenças biológicas entre os sexos.Um estudo norte-americano, divulgado esta quinta-feira na revista «Nature», refere que as mulheres produzem doses muito maiores de certas proteínas, que podem ter um papel importante na diferenciação entre os sexos, tanto em indivíduos saudáveis como em pessoas com alguma doença. Entretanto, de acordo com o autor do estudo Huntington Willard, da Duke University, nenhum dos genes identificados até agora foi relacionado com alguma dessas diferenças observáveis.
Este estudo – o mais abrangente na área - analisou o X dos cromossomas, no qual foram encontrados 1.098 genes. Os cromossomas constituem pacotes filiformes de genes e outros tipos de X contidos nas células do corpo. Os humanos possuem 24 tipos de cromossomas, numerados de 1 a 22, além dos denominados cromossomas X e Y. As mulheres transportam duas cópias de cromossoma X, cada um herdado de um dos pais, e os homens carregam um cromossoma X e um Y. Muito antes do nascimento, as mulheres desligam permanentemente uma das suas cópias em cada uma das suas células, para se igualarem aos homens, que têm apenas um cromossoma X activo. No entanto, há muito tempo que os cientistas sabem que o mecanismo de desactivação não é perfeito. Alguns genes da cópia inactiva continuam a funcionar, enviando ordens químicas para que a célula produza certos tipos de proteína.
O estudo de Willard e Carrel sugere que o cromossoma inactivo contém entre 200 e 300 genes, em duas categorias. Primeiro, foi observado que 15 por cento dos genes do cromossoma inerte continuam a funcionar parcialmente. No entanto, a surpresa foi que, em cerca de 10 por cento desses genes, os níveis de funcionamento variavam de uma mulher para a outra. Isso contrasta com a consistência dos níveis de funcionamento do X nos homens, ou mesmo de outros cromossomas encontrados em ambos os sexos, segundo Willard. Na realidade, quando o estudo comparou os cromossomas inactivos de 40 mulheres, cada uma delas mostrou um padrão diferente de funcionamento, acrescentou.
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